Inclusão social traz esperança à vida de muitas jovens em Juiz de Fora
segunda-feira, 25 de março de 2013A estudante Deyse Ramos de Souza tem uma história para contar que serve de alerta. Por mais de sete anos, ela sofreu agressões do ex-marido. O companheiro passou 15 anos ao lado dela, mas há pouco tempo, ela decidiu interromper a rotina de violência. “Ele ficava nervoso, me agredia, não tinha, às vezes, nem o porquê. Muito ciumento, achava que tinha que me bater e me batia. Eu tinha muito medo, não tinha confiança, porque meu ex-marido sempre me ameaçava”.
A Polícia Militar tem uma equipe específica para casos como esse. A Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica tenta impedir que as agressões continuem acontecendo dentro de casa. Por isso, eles fazem visitas periódicas e conscientizam sobre as leis de proteção. “De forma a esclarecer os seus direitos, seus deveres e, principalmente, com relação ao que trata a Lei Maria da Penha, para que casos como esse não voltem a acontecer ou se agravem”, explicou o assessor de comunicação do 2º Batalhão, Tenente Marcelo Alves.
Na Casa da Menina Artesã, na Região Central, as linhas na cidade de Juiz de Fora ajudam a tecer uma nova chance de futuro. Jovens de 14 a 24 anos são treinadas para montar acessórios com tecidos e miçangas. Dhayara de Almeida aproveitou a chance e conseguiu passar na faculdade “Eu estudava de manhã, vinha para cá de tarde e tinha consciência que tinha que manter as minhas notas na escola para continuar aqui. Aí eu acho que ajudou bastante”.
As peças representam bem mais que um passatempo. Na oficina, as participantes aprendem noções que serão muito úteis no mercado de trabalho. Por exemplo, o compromisso com horário, o prazo de entrega das bijuterias feitas por encomenda e a relação com outras colegas. Setenta por cento da renda obtida com a venda das peças fica com as artesãs. Os outros 30% ajudam a comprar novos materiais. “A gente ganha pouco porque tem mês que não vende o bastante, aí eu junto, guardo até dar para comprar alguma coisa que eu queira”, contou Lezianny Nunes.
A formação humana por trás do artesanato ensina também a ser mais consciente em relação aos direitos da mulher e a maturidade para encarar novos desafios. “Que elas consigam ser donas do próprio destino, construir uma vida melhor para elas e para as famílias, pretendendo seguir uma profissão, formar a família delas, ter uma qualidade de vida honesta, digna, que nós todas merecemos”, resumiu Maria Cláudia Duarte, Coordenadora da Casa da Menina Artesã.
Fonte: Mega Minas
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